A APD foi fundada no contexto de crise democrática desencadeada pelas movimentações golpistas iniciadas após as eleições de 2014, tendo objetivo de afirmar o papel da advocacia pública como garantidora das políticas públicas imprescindíveis para uma real construção de um Estado Social e para o aprofundamento da democracia.
Passamos por um golpe de Estado e pela escalada de um Estado policialesco no qual as instituições passaram a ser instrumentalizadas por interesses políticos e econômicos. Reformas liberais não legitimadas pelas urnas fragilizaram a capacidade de o Estado levar adiante o projeto de desenvolvimento com inclusão, além de promoverem o ataque aos direitos dos/as trabalhadores/as mediante a falsa promessa neoliberal de melhoria do ambiente econômico e criação de empregos.
O resultado desse processo foi desalentador. Durante quatro anos, o país viveu sob o jugo de um governo eleito com base na manipulação e disseminação profissional de notícias falsas, que teve como pauta o desmonte do Estado, de suas instituições, dos direitos das minorias, da rede de proteção social e do meio ambiente, cujos resultados nos foram cobrados em saúde, vidas e projetos de futuro. Tal operação se articulou sob o pretexto de teorias da conspiração numa fantasiosa cruzada anticomunista, que oculta a perversidade do projeto antipovo e contrário aos interesses nacionais.
Não obstante as dificuldades organizacionais comuns de uma associação recém-criada, a APD se manteve firme na defesa do Estado Democrático de Direito e dos Direitos Humanos. Estivemos na linha de frente contra o desmonte do Estado e na defesa dos direitos das minorias, lançamos notas com repercussão política marcante, organizamos e fizemos parte de debates e atividades políticas diversas, além de nos articularmos com outras entidades congêneres.
