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Ditadura militar: 60 anos depois, ainda temos ódio e nojo

Foto: Wikimedia Commons

Há 60 anos, o chefe da advocacia pública federal, Dr. Waldir Pires, Consultor Geral da República do Governo Jango, foi o último a sair do Palácio do Planalto, na companhia de Darcy Ribeiro, tentando, até às últimas consequências, garantir a vigência da Constituição e a trincheira da democracia que eram, naquele momento, brutalmente assassinadas.

Era só o começo de uma longa e tenebrosa noite, em que não só o Dr Waldir, mas muitos brasileiros e brasileiras, advogados e advogadas resistiram e lutaram com a própria vida contra o arbítrio, a violência e a tortura.

Grandes patriotas deram a vida nessa resistência. E muitos outros resistiram, torturados, presos e exilados e começaram a reconstruir a democracia a partir da fala do Constituinte Ulysses Guimarães que o Brasil tem ódio, ódio e nojo da ditadura.

Hoje, orgulhosos de uma AGU enfim na defesa intransigente da democracia, nós da APD lembramos nossos tempos mais difíceis para que nunca mais retornem e saudamos os “heróis de aço naqueles anos de chumbo”, lutando no cotidiano para que sigam sendo nossa inspiração para continuar o legado de um País de todos, democrático, justo, livre e solidário.